Debaixo da almofada

Não deixes a meio. Leva até ao fim se tiveres cara para isso. Por aqui o pior de tudo é que já não há hipocrisia que me aguente, em que me aguente. Apesar da falta de inspiração há dedicação que chegue e que sobre. Queria dizer. Não dizer por dizer mas dizer para que quem , como tu, percebesse o que digo. Bate-me forte, não por estar farta porque até se aguenta mas por ter de se aguentar. Não critico os clones, nem as modas e as ondas, aprendi a aperceber-me de que faz parte. Critico-me, não pessoas como eu mas a mim por não ter essa cara. Gostava que toda a gente se deixasse estar, que toda a gente aprendesse a estar e a gostar das coisas mais simples, como disfrutar do gosto de fumar um cigarro ou de dar as mãos, que toda a gente apreciasse o diferente, o original, o verdadeiro não o que segue ondas ou se aloja em modas, que ninguém julgasse. Gostava que todos estivessem; na deles, na minha, na fosse de quem fosse mas que gostassem de estar e não de ser, aprendo cada vez mais que não há tempo para isso. Gostava de saber escrever, de saber falar. Gostava de não deixar a meio e ter cara para criticar e julgar mas no fundo é isso que critico e na verdade não quero entrar em paradoxos ou meias verdades, acho que por agora me vou deixar estar.

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