Pandora

Quem tem grandes padrinhos tem tudo. E quem não tem arranja blogues de gaja. Parece que se inventa solução para tudo, até para quem tem o rei na barriga ou a barriga de um rei. Enfiei o barrete.


( Irritas-me por me topares tão bem. Gosto mais de ti do que gosto de mim, acho que devias gostar disso, aliás eu sei que gostas; é mais uma das teorias da meia bolacha)

Acto III

Hoje lembrei-me que antes costumava gostar de búzios. Não é que agora não goste deles. Os búzios não fazem sentido e eu gosto de coisas sem sentido. Eu acho que o meu problema é que os meus búzios já não me trazem o som ou o cheiro ou o sabor do mar. Hoje lembrei-me que antes costumava gostar de ti. Não é que já não goste. Tu não fazes sentido e eu gosto de coisas que não fazem sentido. O meu problema é que já não me trazes coisa nenhuma. Hoje lembrei-me de como costumava gostar de ti. Hoje esqueci-me de a que é que isso me sabia. Hoje percebi. E agora ficamos os três contentes. Eu, tu e os búzios.

Poema de António e Cleópatra

"Pelas tuas mãos medi o mundo
e na balança dos teus ombros
pesei o ouro do sol e a palidez da lua."

Sophia de Mello Breyner

Quando nós não temos palavras há sempre alguém que as tenha por nós, é como a história dos grilos e do silêncio.

Caixa de fitas

É como uma caixa de fitas. Onde não há fitas iguais. Mudam todos os dias, umas são enormes e outras demasiado pequenas. Ás vezes tento pô-las em ordem, arrumá-las por cores, feitios e tamanhos mas as fitas são todas diferentes. E por muito que tente nunca há duas iguais ou parecidas. E quando estou prestes a desitir das fitas e das caixas e das simpatias aparecem as tuas mãos. Juntas, as nossas mãos criam os nossos laços. E dispõe toda a ordem. Mas não faz mal que os laços não tenham ordem. Eu gosto deles assim.
Obrigada por me ajudares a fazer laços. Obrigada por te preocupares comigo. Obrigada por te orgulhares de mim sem condições, mesmo quando tenho esta caixa de fitas. Obrigada Magie do fundo do coração.

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Acho que sais a mim, beldroega.
(Pomos todos os super melgas a um canto)






Daqui a wua, porque a lua fica longe.






João, praia de Quiaios, 2008

João Marques

Um dia vamos a Londres e encho-te de abraços. Que se foda. Posso sempre contar contigo. És o meu "compincha".

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Acho que já nem o céu é o limite.
(Encostamos o super-homem a um canto)







Quica e Rita, Vila Real, Abril 2010