As crónicas do senhor ananás

Querido 12 de Dezembro de 2009, eu escrevo ao tempo, para dar lugar ao espaço e ao sentido.


Uma questão de alma.
Sentes? Posso acampar na tua liberdade? Por uns escassos segundinhos do teu eterno tempo? Sentes? A minha escrita, a minha voz por trás dela? O meu mais secreto titubear?
O meu olhar , a minha forma preguiçosa e palerma de caminhar? Sentes o sorriso escondido do meu rosto e toda a força que perdi no seu sentido? Sentes-me?
Sinto, eu sinto. Eu sinto toda a tua alma. Afinal tudo é uma questão de alma.

Sempre tua, senhor ananás.

Não gosto de smiles.

Acho que a blogosfera tá na moda. Não sei é um palpite. Prefiro esta a outras modas, pelo ao menos é recheada, vem com texto ou com contexto depende do patrão da coisa. O problema tá na lata. Já não há lata, tudo o que não se diz, escreve-se e pronto tá resolvido. Um dia destes não se fala, dá trabalho, afinal falar dá trabalho, não há nada a dizer-se só a escrever-se pelo que parece. Não critico a evolução das coisas acho que é giro, faz parte, é mais barato, (pelo menos os custos de deslocação, consumo e engate são facilitados com a escrita, deixam de existir, aparecem coisas mais á conta e a medida coisas mais facilitadas e por ai). Critico não se falar sobre isso, sabes? Critico estar a escrever sobre isso. Mas pronto a todos os utilizadores natos quase blogodependentes deixo então, depois do discurso menos politicamente correcto, o meu obrigada por pelo menos quando escrevem, escreverem com causa e conteúdo. Boa noite.