Ontem

Escrevo para revolucionar a tua escrita e passar das mais pequenas ideias a ideais que movem populações ou corações depende do ponto de vista. Assim creio que escrevo não para ti mas para mim, para especular e acreditar que escrevo com cada parte de mim,cada palavra, cada frase, cada memória aqui partilhada que andava perdida. A maior parte das vezes escrevo sobre amor, ou melhor o meu amor, o outro amor mas não me dou bem, em mim é tudo demasiado complicado para se dar ao trabalho de ser observado. As vezes gostava de ser simples. Como gosta a gomes, gostava de saber escrever, saber falar. A inspiração na maior parte das vezes transorma-se em dedicação e quando o esforço é maior que a aventura de iniciar um novo discurso deixo a meio. Hoje, escrevo o que devia ter escrito no inicio, o manual das boas-vindas ao meu espaço. Aqui onde o stock é limitado ao inexistente ou onde o inexistente se continua a procurar pelo stock e o limitado passa a segundo plano as trocas, os versos e os reversos da palavra ganham palco e dedicam-se a explorar os melhores sentimentos e emoções. Muita das vezes falo por falar, digo por dizer, vivo por viver mas ao menos faço-o, não me limito a existir ou ser. Há dias em que o português falha e a dimensão da escrita passa na realidade a outros niveis menos politicamente correctos ou só para amantes. Na verdade não há interesse em ler. Escrevo para mim e para ti ( que tens andado longe). Na verdade só há interesse em sentir, se consegues sentir então aqui há interesse nisso em sentir e reviver. Este é o meu stock, sê bem vindo e tá a vontade, vou tentar fazer o mesmo.

( Quando isto por aqui treme eu conto com o teu colo e por aí? Quandopor aí treme?)

2 comentários:

  1. E, sim, é muito bom quando por aqui nos perdemos. É bom muito bom ler-te, Rita. Pela transparência. Pela doçura. Pela tranquilidade intranquila, também. E pela intranquilidade que de tranquilidade muito também tem.

    É um privilégio ter-te conhecido.

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