8 de Junho

Provavelmente estavas a espera de melhor e se calhar nem tens paciência para mais clichés manhosos mas este é feito cá do fundo. Também é provável que no que costumam equacionar como melhor amizade seja indispensável o factor tempo e tenho pena por contrariar as estatísticas mas considero-te uma melhor amiga independentemente á quanto tempo vivemos uma com a outra ou uma para a outra como quiseres. Hoje fazes dezasseis anos, dezasseis anos de ti a dar-lhe com a alma com as tuas bochechas fofinhas e os teus olhos enormes. Todos os dias com mais um plano janado e sorriso de orelha a orelha “a tentar fazer a diferença pelo melhor, a dar tudo por tudo com muito sangue e suor”. De facto és a maior. Mas tenho medo. De que amanhã seja diferente, não o diferente á tua moda, mas diferente por ter de te perder para os maiores como tu. No entanto vou estar sempre aqui de braços abertos gordinha e cheia de abraçinhos e rosinhas para quando quiseres aparecer ou para dares um beijinho ou para tomares café nos dias 21 de Maio ás sete da tarde. Hoje dia oito de Junho fazes dezasseis anos e fazem oito meses de “Não ‘tás bem a perceber” na minha vida. Ainda somos um bebé com a língua de fora e olhar curioso. Mas no fundo “deixamo-los perplexos, com oito meses de vida fazemos estragos completos”. E não quero que saibas que serás sempre a minha pequenina e que terás sempre o meu ombro e o meu maior sorriso para te receber, nem que daqui para a frente vamos conseguir ultrapassar todos os obstáculos ou que já és uma parte meio esgalhada de mim isso tudo já sabes de cor vamos deixa-lo para os que ainda andam por aí a descobrir, de mim ou daqui ou de nós podes contar com a maior casa que te vai proteger do mundo, dos outros ou de nós próprias e estar sempre aberta para quando quiseres entrar. Hoje fazes dezasseis anos e não tenho dúvidas de que és a maior, parra. Obrigada de facto cá do fundo.

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